Na administração os empregados são avaliados por colegas,
superiores hierárquicos e pelos clientes externos. O processo admissional, também
envolve avaliações, principalmente de raciocínio lógico, habilidades matemática,
espacial e pelo curriculum vitae, a
experiência funcional e, se admitido, continua com a avaliação de
desempenho. Na administração pública o
seu ingresso se dá principalmente por concurso público que vai avaliar o
candidato pelo raciocínio lógico, habilidade matemática, espacial e memorização
de conteúdo programático. Habilidades múltiplas e inteligência emocional geralmente não são
avaliadas na admissão pelas empresas ou
pela Administração Pública e talvez, seja estas habilidades e inteligencia emocional as maiores responsáveis pelo
sucesso ou insucesso dos empregados ou servidores públicos durante os Estagio
Probatório. No preenchimento da avaliação de desempenho ou de Estágio
Probatório, a inteligência emocional tem um peso capaz de influenciar a nota de
outros quesitos escolhidos para medir a capacidade do empregado ou servidor. A inteligência emocional se relaciona com a capacidade de
controlar as emoções, lidar com conflitos, reconhecer as emoções do outro, se
motivar e motivar e se engajar pelo grupo de colegas de trabalho. Outras inteligências também são objeto de
estudos na avaliação das pessoas como a Inteligência
Verbal ou Lingüística, Inteligência Lógico-Matemática, Inteligência Cinestésica
Corporal, Inteligência Espacial, Inteligência Musical, Inteligência Interpessoal,
Inteligência Intrapessoal, Inteligência Pictográfica e Inteligência
Naturalista. Quem não se deparou com um servidor
público que passou em concurso público “X”, mas tem extrema dificuldade de
relacionamentos e é instável diante de problemas na administração? Indagações (ou
piadas) surgem...como um(a)...passou no Concurso Público?...como ele conseguiu
aquela vaga no departamento? As Emoções estão assumindo posição de
relevância na Administração Pública e Privada, entretanto, na Administração Pública,
devido ao engessamento da legislação,
as emoções são fatores de influência durante as avaliações periódicas.
Ocorre que nem toda emoção é utilizada de forma inteligente para contribuir com
eficiência dos serviços e direcionada para os objetivos da Organização, e o que
vemos é a estupidez emocional ou burrice emocional. Necessidades de segurança, de estar com
alguém ou grupo de pessoas, rejeição, aceitação, foram desenvolvidas a milhares
de anos e fizerem parte da base de nossa sobrevivência. As emoções também ajudaram o ser humano a tomar decisões
e a se comunicar, vendo no outro as frustrações que sempre cercavam a humanidade. Desenvolver nas empresas e órgãos
públicos a inteligência emocional será uma dos maiores desafios da Gerência
Administrativa. Lidar com conflitos e transformar a burrice emocional que
contamina os corredores de nossas organizações será uma tarefa árdua, pois
envolve heranças culturais, religiosas, partidárias, filosóficas,
ideológicas....Mas, sempre que há objetivos previamente definidos, postura profissional e lideranças engajadas
(pró-ativos) é possível desenvolver a inteligência emocional nas organizações. Ser emocionalmente maduro é um compromisso de todos que vivem em sociedade. A elevação do quociente emocional pode ser
medida pela capacidade de buscar entendimentos, saber conviver com os seu pares
em harmonia, transformar discórdia em
crescimento, tomar medidas que afetem
positivamente a equipe. Os conflitos seriam trabalhados com uma postura madura,
compreensiva, recebendo as informações ,
sugestões e implementando alternativas. Existe uma diferença muito grande em
“ser compreensivo” e “estar sempre com a razão”. A contratação de pessoal certo para o
local certo é um dos primeiros passos para quem quer adotar a inteligiencia emocional como filosofia de
Recursos Humanos no ambiente de trabalho. Certamente o contratado encontrará muitas
dificuldades ao realizar algo e local que não gosta, sua produção cai, podem
ocorrem vários erros e ainda poderá ter dificuldades de desenvolver a
inteligência emocional, pois está “engolindo goela abaixo” uma atividade apenas
por dinheiro ou necessidade ou para satisfazer alguém da família...O
recrutamento influência o clima nas organizações, pois a seleção de
profissionais com elevados níveis de quociente emocional propiciarão otimismo e
bom humor nas relações de trabalho. Líderes são guias, comandantes, são pessoas
com visão geral, são referências na organização, a liderança geralmente é
delegada pela administração, mas é comum nas administrações mais modernas,
desenvolver o espírito líder em todos os empregados e posteriormente
escolher entre os líderes o que se
sobressaí na organização um ou mais lideres para ser o Porta Voz dos demais. Estes líderes deverão tem um quociente de
inteligência emocional razoavelmente elevado para administrar o relacionamento
da equipe, estarão no leme, mediarão conflitos, são mestres na arte de
dialogar, vivem motivados e sempre tem um plano “b”. Em fim, a Inteligência Emocional surge
como mais um instrumento da administração para resolver problemas e conflitos
interpessoais, o psicólogo Daniel Goleman, PhD, no seu livro "Inteligência
Emocional" retoma discute o assunto
e abre perspectivas para a administração de recursos humanos. O engessamento da administração pública será
um dos obstáculos do gestor público, a estabilidade dá segurança, há automação nos serviços públicos, não evoluem para construir uma Inteligência emocional, entretanto encontramos muitos servidores
dispostos a mudar a gestão pública, realizando esforços para sairmos deste
Estado Herdado para construção de um Estado Necessário.
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