terça-feira, 26 de junho de 2012

A Inteligência Emocional como Intrumento do Administrador


Na administração os empregados são avaliados por colegas, superiores hierárquicos e pelos clientes externos. O processo admissional, também envolve avaliações, principalmente de raciocínio lógico, habilidades matemática, espacial e pelo curriculum vitae, a experiência funcional e, se admitido, continua com a avaliação de desempenho.  Na administração pública o seu ingresso se dá principalmente por concurso público que vai avaliar o candidato pelo raciocínio lógico, habilidade matemática, espacial e memorização de conteúdo programático. Habilidades múltiplas e inteligência emocional geralmente não são avaliadas  na admissão pelas empresas ou pela Administração Pública e talvez, seja estas habilidades e inteligencia emocional as maiores responsáveis pelo sucesso ou insucesso dos empregados ou servidores públicos durante os Estagio Probatório. No preenchimento da avaliação de desempenho ou de Estágio Probatório, a inteligência emocional tem um peso capaz de influenciar a nota de outros quesitos escolhidos para medir a capacidade do empregado ou servidor. A inteligência emocional se relaciona com a capacidade de controlar as emoções, lidar com conflitos, reconhecer as emoções do outro, se motivar e motivar e se engajar pelo grupo de colegas de  trabalho.  Outras inteligências também são objeto de estudos na avaliação das pessoas como a Inteligência Verbal ou Lingüística, Inteligência Lógico-Matemática, Inteligência Cinestésica Corporal, Inteligência Espacial, Inteligência Musical, Inteligência Interpessoal,  Inteligência Intrapessoal, Inteligência Pictográfica e Inteligência Naturalista. Quem não se deparou com um servidor público que passou em concurso público “X”, mas tem extrema dificuldade de relacionamentos e é instável diante de problemas na administração? Indagações (ou piadas) surgem...como um(a)...passou no Concurso Público?...como ele conseguiu aquela vaga no departamento? As Emoções estão assumindo posição de relevância na Administração Pública e Privada, entretanto, na Administração Pública, devido ao engessamento da legislação,   as emoções são fatores de influência durante as avaliações periódicas. Ocorre que nem toda emoção é utilizada de forma inteligente para contribuir com eficiência dos serviços e direcionada para os objetivos da Organização, e o que vemos é a estupidez emocional ou burrice emocional. Necessidades de segurança, de estar com alguém ou grupo de pessoas, rejeição, aceitação, foram desenvolvidas a milhares de anos e fizerem parte da base de nossa sobrevivência. As emoções  também ajudaram o ser humano a tomar decisões e a se comunicar, vendo no outro as frustrações que sempre cercavam a humanidade. Desenvolver nas empresas e órgãos públicos a inteligência emocional será uma dos maiores desafios da Gerência Administrativa. Lidar com conflitos e transformar a burrice emocional que contamina os corredores de nossas organizações será uma tarefa árdua, pois envolve heranças culturais, religiosas, partidárias, filosóficas, ideológicas....Mas, sempre que há objetivos previamente definidos,  postura profissional e lideranças engajadas (pró-ativos) é possível desenvolver a inteligência emocional nas organizações. Ser emocionalmente maduro é um  compromisso de todos que vivem em sociedade.  A  elevação do quociente emocional pode ser medida pela capacidade de buscar entendimentos, saber conviver com os seu pares em harmonia,  transformar discórdia em crescimento,  tomar medidas que afetem positivamente a equipe. Os conflitos seriam trabalhados com uma postura madura, compreensiva,  recebendo as informações , sugestões e implementando alternativas. Existe uma diferença muito grande em “ser compreensivo” e “estar sempre com a razão”. A contratação de pessoal certo para o local certo é um dos primeiros passos para quem quer adotar a inteligiencia emocional como filosofia de Recursos Humanos no ambiente de trabalho.  Certamente o contratado encontrará muitas dificuldades ao realizar algo e local que não gosta, sua produção cai, podem ocorrem vários erros e ainda poderá ter dificuldades de desenvolver a inteligência emocional, pois está “engolindo goela abaixo” uma atividade apenas por dinheiro ou necessidade ou para satisfazer alguém da família...O recrutamento influência o clima nas organizações, pois a seleção de profissionais com elevados níveis de quociente emocional propiciarão otimismo e bom humor nas relações de trabalho. Líderes são guias, comandantes, são pessoas com visão geral, são referências na organização, a liderança geralmente é delegada pela administração, mas é comum nas administrações mais modernas, desenvolver o espírito líder em todos os empregados e posteriormente escolher  entre os líderes o que se sobressaí na organização um ou mais lideres para ser o Porta Voz dos demais.  Estes líderes deverão tem um quociente de inteligência emocional razoavelmente elevado para administrar o relacionamento da equipe, estarão no leme, mediarão conflitos, são mestres na arte de dialogar,  vivem  motivados e sempre tem um plano “b”. Em fim, a Inteligência Emocional surge como mais um instrumento da administração para resolver problemas e conflitos interpessoais, o psicólogo Daniel Goleman, PhD, no seu livro "Inteligência Emocional" retoma  discute o assunto e abre perspectivas para a administração de recursos humanos.  O engessamento da administração pública será um dos obstáculos do gestor público, a estabilidade dá segurança, há automação nos serviços públicos, não evoluem para construir uma Inteligência emocional,  entretanto encontramos muitos servidores dispostos a mudar a gestão pública, realizando esforços para sairmos deste Estado Herdado para construção de um Estado Necessário.
















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