quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Gravata


Para muitos trabalhadores o uniforme é um macacão, um “conjuntinho”, um sapato da mesma cor, a vantagem é que não transforma a empresa num desfile de modas, e cá venhamos “grife” é pra quem pode. Pensando em roupas: sem cinto as calças caem, o que é desagradável, um sapato sem meias parece dá uma sensação de que estamos andando descalço; camisa, cueca, camiseta, entendo, tem alguma utilidade, mas agora,  pra que serve a gravata?  Uma tira de pano amarrada no pescoço, se fosse um cachecol, tudo bem, dá até pra esquentar o pescoço, mas e a gravata?  As vezes eu uso um terno com uma bela gravata, mas  por estes dias, não é que aquele nó não dão deu certo, e pensei... deve ser muito importante andar com este pano, mas se é pra ser elegante vou usar.  Mas não ficou por ai,  parei e resolvi pesquisar algo sobre a gravata, fui no wikipedia e encontrei:

“A gravata é uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente. Peça predominantemente do vestuário masculino”.

“Arqueólogos identificaram em torno do pescoço de múmias egípcias uma espécie de amuleto conhecido como “Sangue de Ísis”. Esse objeto em ouro ou cerâmica possuía a forma de um cordão arrematado com um nó, cuja a função seria de proteger o finado dos “perigos da eternidade"...Calma aí! Gravatas nas múmias! É pra gente morta!!!! Já estou me sentindo uma múmia neste belo traje quando vou ao Fórum.

Mas o Wikipedia me dá um alento: “...guerreiros do imperador chinês Shih Huang Ti’s usavam uma cachecol com um nó em volta do pescoço como símbolo de status e de elite entre as tropas, de forma semelhante à gravata hoje conhecida.” Elegante amigo, gravata é pra  guerreiros!!!  Mas, foi em Paris, que a danada se popularizou, no livro francês “La Grande Histoire de la Cravate” (Flamarion, Paris, 1994): “Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luis XIV e o Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”.  Então O Rei Luis XVI, incorporou o pedaço de pano aos trajes reais.  Não há dúvida  que a moda desempenha seu papel na sociedade, pois a roupas não protegem apenas o corpo, dizem o momento, pronto! Agora “Especialistas” dizem o que é “bonito” e o que é “feio”, o que é “chick”, sei lá,  mas as roupas também denotam nosso espírito, muitas vezes querem dizer alguma coisa, mas o significado do dizer alguma coisa é de um dicionário pessoal, de preconceitos, visões distorcidas, etc. Sabe que estou escrevendo, escrevendo... e ainda não sei pra que diabos serve o diabo da gravata? Gravata  impõe respeito, quem não tem, respeita! Hum....vai ter ladrão de gravata (ja tem...), imagine o assaltante de gravata...mundo civilizado!? Muito Bizarro. Tem muita coisa nesta vida faz por imitação sem uma bela reflexão. Senador e deputados geralmente usam gravatas, vendedor usa gravata, evangélico usa gravata, é casamento, gravata, formatura.....  Enfim, cansei, chega de ser do contra, cadê a minha gravata?


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